sábado, 2 de junho de 2012

Cartografia (Dias Atuais)

História da Cartografia

A Cartografia nos Dias Atuais

     Analisando a história da cartografia até os dias atuais, percebemos a sua evolução, a qual passou de meras representações espaciais na idade antiga, onde o homem desenhavam no que tudo indica os possíveis locais de caça, passando por inúmeras transformações, com períodos de grades avanços e também período de estagnação cientifica.
     Percebemos que a cartografia desde períodos remotos, teve o papel relevante no que concerne a localização e identificação dos espaços, ganhando inúmeras importâncias e atribuições, sendo utilizada com fins de representações de locais de caça, passando por delimitação territorial dos impérios usada para o estudo dos locais de batalhas, pois quanto mais se conhecesse as características do território (relevo, clima, vegetação...) maiores eram as chances de obter vitorias, sendo utilizada mais tarde como instrumento de mapeamento de novas rotas comerciais, ampliando o comercio marítimo que foi evoluído e se destacando a nível mundial.
     Com a era Técnico-Científica-Informacional, a qual vivemos nos dias atuais e que caracteriza-se pela era da informação, dos recursos tecnológico e da globalização, as inovações tecnológicas proporcionaram a ciência cartográfica avanços significativos, com informações mais precisas, melhor armazenamento, manipulação de dados e agilidade nos cálculos e nos movimentos de informações.
     Inovações de recursos como aerofotos, imagens orbitais, sistema de posicionamento por satélite, programas e computadores, que tornam as atividades cartográficas mais fáceis e fidedignas, disponibilizando as informações coletadas em menor escala de tempo, assim como sua mais eficiente atualização( ver as imagens abaixo).

Aerofoto de Paris-1853

Imagem ilustrativa de mapeamento orbital

Imagem de mapeamento orbital 


Imagem de satélite, instrumento fundamental para elaboração de mapas de alta precisão

Representação do Sistema de Posicionamento por Satélite

ArcGIS, programa de computador usado para confecção de mapas.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Cartografia (Era Moderna)

História da Cartografia

A Cartografia na Era Moderna


     A cartografia passou por novas transformações após a “Revolução Industrial” na Inglaterra a qual ocorreu no final do Século XVIII, marcando o começo dos tempos modernos. A geração de riquezas que veio com a Revolução Industrial, proporcionou um investimento maior na confecção de cartas, mapas e instrumentos que vieram a contribuir na precisão dos trabalhos. Já no Século XVIII a Grã-Bretanha despontava com um grande centro de atividades cartográficas, ocupando o lugar antes pertencente à Antuérpia. 
     Alguns exemplos podem ser citados, alguns grandes nomes dessa época como: John Hadley (1682-1744), responsável pela construção do primeiro telescópio refletor usado na astronomia; John Harrison (1693-1776), relojoeiro que inventou o cronômetro marinho, fundamental para a solução de problemas das longitudes e Jesse Ramsden (1735-1800), que desenvolveu o sextante e o teodolito. 
     Um dos grandes problemas dos cientistas da época era o cálculo de longitude, embora já se aceitasse a ideia que a terra não era uma esfera perfeita, ainda não se tinha como determinar com precisão a sua forma e tamanho, tornando-se um dos pontos fundamentais para por fim aos incidentes marítimos. 
     Foi na tentativa de resolver tais problemas que os reis da França e Inglaterra passaram a investir muitos recursos e incentivaram as pesquisas desenvolvidas nos grandes centros de estudo da época, como a “Académie Royale des Sciences” (1666) e a “Royal Society of Lodon” (1662), que se apoiavam, respectivamente, nos trabalhos realizados no “observatoire Royal de Paris” (1667), sob comando de Giovanni Cassini (1625-1712) e no “Royal Observatory at Greenwich” (1676) (ver Imagem 1), coordenado por John Flamsteed (1646-1719). 

Imagem 1 - Observatório de Greenwich, em Londres

     Expedições marítimas francesas foram realizadas com o intuído de verificar o que Isaac Newton (1643-1727) já previa, de que a terra era mesmo achatada nos Pólos, sendo assim, organizaram-se duas importantes expedições geodésicas. A primeira, iniciada em 1735, em Quito, buscava medir um arco de meridiano em um ponto mais centro na esfera da terra. Enquanto a segunda, realizada em 1736, no Golfo da Bótnia, no Ártico, buscava efetuar medições na região polar. O objetivo de tais expedições marítimas era justamente comparar os resultados obtidos para se chegar a uma definição sobre a forma da Terra (ver Imagem 2). 

Imagem 2 - "Planiglobium Terrestre" Weigel, 1730
Planisfério Global, exemplo da produção cartográfica do século XVIII

     Por sua vez, os Ingleses, que também efetuaram varias medições, chegaram a valores diferentes daqueles obtidos pelos franceses. Para por fim a essas diferenças, foi realizado um novo levantamento trigonométrico, entre Londres (observatório de Greenwich) e Dover (cidade portuária localizada a sudeste de Londres), alcançando-se finalmente um consenso.

Cartografia (Séc. XV ao XVIII)

História da Cartografia

A Cartografia do Séc. XV ao XVIII

     Esse período do Século XV, também conhecido como o “Período do Descobrimento” teve grades avanços na ciência cartográfica, pois a partir de 1943, com inicio das grandes viagens marítimas, a cartografia assume o papel de garantir a segurança nas grandes viagens, de representar novas rotas e cartografar novas terras. Nesse período teve destaque marcante a Escola de Sagres, que era uma escola náutica fundada pelo infante D. Henrique, a qual localizava-se em Portugal e tinha como principal objetivo, treinar os pilotos e cosmógrafos, e também centro de preciosas informações para estabelecer rotas marítimas comerciais com o Oriente. 

     Os navegadores costumavam carregar consigo anotações, onde eram registrados os rumos (direções) e as distâncias entre os portos visitados. Também era feitos desenhos, cujo objetivo provável era facilitar a navegação, sem se preocupar com sistemas de projeções. Essas projeções receberam o nome de Portulanos ou Cartas Portulanos e buscavam representar a costa dos continentes e, em especial, o mar Mediterrâneo (ver Imagem 1). 
Imagem 1 - Carta Portulano do Mediterrâneo - Joan Oliva, 1610
Pode-se observar o desenho do continente europeu, destacando-se a península Ibérica e a Itália. 

    Durante muitos séculos os mapas era privilégio de poucos, destinado às elites. Apenas Reis, alto clero, grandes navegadores e amadores de expedições marítimas tinham esses tipos de informações. Os mapas vieram a ser amplamente utilizado após a invenção da imprensa, na segunda metade do Século XV. 

     Em 1570 surgiu o grande primeiro Atlas mundial, confeccionado por Ortélius (1527-1598), o “Theatrum Orbis Terrarum”, escrito em latim (ver Imagem 2), obtendo inúmeras edições e mais de 7000 cópias impressas em diferentes idiomas. Tratava-se de um conjunto preciso de mapas, reproduzido pelos mais importantes cartógrafos da época, incluindo Mercator, que em 1589 foi o responsável por produzir o primeiro mapa mundo com projeções cilíndricas, sendo amplamente utilizada até os dias atuais. 

Imagem 2 - "Americae Sive Novi Orbis" Ortelius, 1595
America ou Novo Mundo. Este mapa apareceu em todas as edições do Theatrum Orbis Terrarum e revela a influência do mapa de Mercator de 1569.

     Foi Mercator (1512-1594) quem primeiro utilizou a palavra Atlas para nomear uma coleção de mapas, porem sua maior contribuição se deu do sistema de projeções (Projeções Cilíndricas de Mercator), que veio a facilitar a navegação , através da representação do mundo, onde uma linha reta na carta corresponde a uma linha reta de igual rumo no oceano, tornando-se numa carta orientada. 

     A contribuição de Mercator foi enorme, porem sua projeção gerou uma grande distorção nas distâncias, sobre tudo nas regiões dos polos (as quais serão discutidas nas próximas postagens), mostrando as massas continentais nessas latitudes muito dilatadas (ver Imagem 3).
Imagem 3 - "Typus Orbis Terrarum" Ortelius, 1571
Modelo Completo da Terra. Neste mapa pode-se observar a grade distorção nos territórios localizados próximo aos pólos (altas latitudes)



Cartografia (Idade Média)

História da Cartografia

A Cartografia na Idade Média

     Durante esse período que vai desde a queda do Império Romano (476 d.C.) até a tomada de Constantinopla (1453 d.C.), a cartografia entrou em um período de estagnação, os trabalhos de cunho cientificamente cartográficos foram substituído por uma representação simbólica, de caráter religioso (imagem 1). 

Imagem 1-  "Die Welt in EinemKleberbat"  Heinrich Bünting, 1581
O mundo inteiro numa folha de trevo, exemplo de mapa simbólico religioso, onde o mundo é representado por uma folha de trevo, que delimita os três continentes, destacando-se Jerusalém ao centro e a America à parte deste mundo.

     Isodoro (570-636 d.C.), bispo de Sevilha, criou o mapa etimologias, também conhecido como mapa T-O. Este mapa esquemático tinha o seguinte significado: o “T” representava os três cursos d’água que dividiam o ecúmero, o Mediterrâneo, que separava a Europa da África; o Nilo, que separava a Ásia da África; e o Dom, entre a Ásia e a Europa. O ecúmero teria sido dividido por Noé entre seus 3 filhos após o Dilúvio. Além disso, o “T” também simbolizava a cruz e sua junção estaria localizada em Jerusalém, centro do mundo. Esses mapas, em sua maioria, eram circulados e emoldurados por um grande oceano.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Cartografia (Clássica)

História da Cartografia

A Cartografia Clássica



A Grécia Antiga, considerada o berço da civilização ocidental muito contribuiu para o desenvolvimento das ciências, da filosofia e das artes em geral. Já no século VI a.C., suas expedições militares e de navegações impulsionaram os trabalhos de cosmologia, astronomia e matemáticos, os primeiros a buscar métodos científicos capazes de representar a superfície terrestre (ver Imagem 1).




Imagem 1- Globo de Mella, Globo de Poseidon, Globo de Ptolomeu. Gravura com três representações antigas do globo. A projeção cônica (última projeção) é muito utilizada por Ptolomeu.

Dentre os personagens da época, o mais importante, pode-se citar Eratóstenes (275-194 a.C.) e Ptolomeu (90-168 a.C.). O primeiro foi o filósofo astrônomo e matemático da escola de Alexandria, responsável pelo cálculo da circunferência da Terra. Para efetuar este cálculo Eratóstenes utilizou como referência a altura angular do sol e a distancia entre as cidades de Alexandria e Siena (Imagem 2), chegando ao valor de 110Km, próximo ao valor conhecido atualmente, o qual é de 111km, onde devemos levar em conta, o nível intelectual da época e a inexistência dos aparato tecnológicos (tecnologia de ponta) ao qual temos nos dias atuais, as quais temos nos dias atuais.

Imagem 2- Ilustração de como se procedeu o cálculo da circunferência da Terra por Eratóstenes.

Os romanos nesse período encontravam-se em um estagio inferior, utilizando-se uma forma ainda primitiva para a época, onde situavam Roma como centro do mundo e davam maior ênfase ao registro de rotas (Imagem 3). As principais funções dos mapas romanos davam-se a fins militares, administrativo e comerciais, os quais se detinham em cartografar o seu território facilitando assim o monitoramento das áreas que encontravam-se sobre os seus domínios.

Imagem 3- "Orbis Terrarum" Vipsanius Agripa / Reprodução do mapa original (20 a.C.)

Cartografia (Origem)

História da Cartografia

A origem
        
          Evidências da cartografia são datas desde tempos remotos, onde o homem da idade da pedra procurou um meio de delimitar seus territórios, possibilitando assim o surgimento do mapa antes mesmo da escrita (Imagem 1).


Imagem 1 - Imagem ilustrativa de povos primitivos em cavernas confeccionando os primeiros mapas

          A imagem acima evidencia que os primeiros mapas aparecem juntos a desenhos registrados pelo povo primitivo em cavernas, e até hoje não tiveram seu significado totalmente desvendado, porem alguns estudiosos apontam que tais mapas representavam os possíveis locais de caça, tendo em vista que essa era uma das principais atividades desses povos. Locais como o Vale do Pó no norte da Itália e em especial na cidade de Bedolina são famosas pelas descobertas de pinturas rupestres, onde nesta ultima há um mapa representando toda uma organização camponesa, mostrando detalhes de atividades agropastoris desenvolvidas na região por volta de 2400 anos antes de cristo.

Com o passar dos tempos e o desenvolvimentos e surgimento de novas civilizações os mapas passaram a ganhar maior importância e suas confecções passara a ganhar maior destaque, onde esses não representava apenas o conhecimento sobre uma determinada região, passaram a obter valores simbólicos, representando o poder e domínio de um determinado grupo sobre um território.
          O mapa mais antigo já encontrado teria sido confeccionado pelos Sumérios povos babilônicos por volta do ano 2500 a.C. Confeccionado em uma placa de argila cozida em escrita cuneiforme (escrita suméria) onde foi representado o lado setentrional da região mesopotâmica, no que tudo indica que o mapa de Ga-Sur ( Imagem 2) representava o vale de um rio, sendo o mais provável o rio Eufrates.

Imagem 2 – Mapa de Sa-Gur a esquerda e uma possível decifração do mapa a direita. 


         A “Pedra de Saihuite”, por exemplo, representa, junto com os entalhes esquimós, um dos primeiros trabalhos realizados com a técnica doq eu é chamado de “cartografia em relevo” e foi feita para representar um bairro de uma cidade asteca. De fato, os astecas eram hábeis na confecção e representação geográfica, como o “Mapa de Tecciztlán” que contém dados como a fauna da região retratada, e o “Códice Tepetlaoztoc”, todo colorido e que traz rotas terrestres e fluviais.

         Os egípcios e chineses também dominaram a técnica da cartografia há muito tempo. Estima-se que os chineses usam a representação gráfica de regiões desde o século IV a.C. Para eles, os mapas serviam não só para se orientar, mas também, para fins bélicos e para demarcar regiões garantindo, assim, que os impostos fossem pagos.

          Os egípcios também os usavam como ferramenta administrativa, para cobrar impostos e demarcar a terra. Mas, mais do que isso, foram eles que desenvolveram o método da Triangulação para determinar distâncias baseados na matemática, e o “nível”, instrumento em forma de “A” com um pêndulo no meio usado para medir áreas. Os egípcios faziam, ainda, registros cadastrais das terras em documentos considerados cartas geográficas. Seus túmulos e alguns papiros representavam o mundo dos mortos. Como se fossem um mapa do outro mundo eles serviam para guiar as almas e, frequentemente, representavam o rio Nilo e planícies férteis.

sábado, 26 de maio de 2012

PIBID













O QUE É O PIBID?     

     O  PIBID  é  um  programa  concebido  pelo  Ministério  da  Educação  atendendo  às  atribuições legais  da CAPES  (Fundação  de  Aperfeiçoamento  de  Pessoal  de  Nível  Superior)  de  induzir  e fomentar  a  formação inicial  e  continuada de  profissionais  do  magistério  (Lei  n. 11.502, de  11  de julho  de 2007), às  diretrizes  do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação (Decreto n. 6.094, de 24 de abril de 2007), aos princípios estabelecidos na Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica (Decreto 6.755, de 29 de janeiro de 2009 e Lei n. 11.947, de 16 de junho de 2009, no seu art. 31), ao decreto 7219 de 24 de junho de 2010, às normas do edital 01/2010-CAPES e à legislação em vigor aplicável a matéria.

OBJETIVOS DO PROJETO PIBID DO IFRN

  • Incentivar os futuros docentes a exercer atividades de sala de aula no Ensino Fundamental e no Ensino Médio; 
  • Produzir material didático para utilização nas Escolas de Educação Básica; 
  • Oferecer  suporte  teórico-prático  aos  alunos  de  Educação  Básica  que  apresentem  problemas  de repetência, baixa freqüência escolar e desmotivação; 
  • Proporcionar  aos  futuros  professores  participação  em  experiências  metodológicas  e  práticas  docentes inovadoras, articuladas com a realidade local da escola; 
  • Promover  a  articulação  entre  a  educação  superior  do  sistema  público  federal  e  a  Educação  Básica do sistema público estadual; 
  • Estimular  a  realização  de  atividades  de  pesquisa  e  de  extensão  por  parte  dos  executores  do  projeto PIBID. 
  • Contribuir  para  elevar  a  qualidade  da  formação  docente  e  o  envolvimento  dos  alunos  nos  cursos de licenciatura participantes do projeto.