História da Cartografia
A origem
Evidências da cartografia são datas desde tempos remotos, onde o homem da idade da pedra procurou um meio de delimitar seus territórios, possibilitando assim o surgimento do mapa antes mesmo da escrita (Imagem 1).
Imagem 1 - Imagem ilustrativa de povos primitivos em cavernas confeccionando os primeiros mapas
A imagem acima evidencia que os primeiros mapas aparecem juntos a desenhos registrados pelo povo primitivo em cavernas, e até hoje não tiveram seu significado totalmente desvendado, porem alguns estudiosos apontam que tais mapas representavam os possíveis locais de caça, tendo em vista que essa era uma das principais atividades desses povos. Locais como o Vale do Pó no norte da Itália e em especial na cidade de Bedolina são famosas pelas descobertas de pinturas rupestres, onde nesta ultima há um mapa representando toda uma organização camponesa, mostrando detalhes de atividades agropastoris desenvolvidas na região por volta de 2400 anos antes de cristo.
Com o passar dos tempos e o desenvolvimentos e surgimento de novas civilizações os mapas passaram a ganhar maior importância e suas confecções passara a ganhar maior destaque, onde esses não representava apenas o conhecimento sobre uma determinada região, passaram a obter valores simbólicos, representando o poder e domínio de um determinado grupo sobre um território.
O mapa mais antigo já encontrado teria sido confeccionado pelos Sumérios povos babilônicos por volta do ano 2500 a.C. Confeccionado em uma placa de argila cozida em escrita cuneiforme (escrita suméria) onde foi representado o lado setentrional da região mesopotâmica, no que tudo indica que o mapa de Ga-Sur ( Imagem 2) representava o vale de um rio, sendo o mais provável o rio Eufrates.
Imagem 2 – Mapa de Sa-Gur a esquerda e uma possível decifração do mapa a direita.
A “Pedra de Saihuite”, por exemplo, representa, junto com os entalhes esquimós, um dos primeiros trabalhos realizados com a técnica doq eu é chamado de “cartografia em relevo” e foi feita para representar um bairro de uma cidade asteca. De fato, os astecas eram hábeis na confecção e representação geográfica, como o “Mapa de Tecciztlán” que contém dados como a fauna da região retratada, e o “Códice Tepetlaoztoc”, todo colorido e que traz rotas terrestres e fluviais.
Os egípcios e chineses também dominaram a técnica da cartografia há muito tempo. Estima-se que os chineses usam a representação gráfica de regiões desde o século IV a.C. Para eles, os mapas serviam não só para se orientar, mas também, para fins bélicos e para demarcar regiões garantindo, assim, que os impostos fossem pagos.
Os egípcios também os usavam como ferramenta administrativa, para cobrar impostos e demarcar a terra. Mas, mais do que isso, foram eles que desenvolveram o método da Triangulação para determinar distâncias baseados na matemática, e o “nível”, instrumento em forma de “A” com um pêndulo no meio usado para medir áreas. Os egípcios faziam, ainda, registros cadastrais das terras em documentos considerados cartas geográficas. Seus túmulos e alguns papiros representavam o mundo dos mortos. Como se fossem um mapa do outro mundo eles serviam para guiar as almas e, frequentemente, representavam o rio Nilo e planícies férteis.
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