sexta-feira, 1 de junho de 2012

Cartografia (Era Moderna)

História da Cartografia

A Cartografia na Era Moderna


     A cartografia passou por novas transformações após a “Revolução Industrial” na Inglaterra a qual ocorreu no final do Século XVIII, marcando o começo dos tempos modernos. A geração de riquezas que veio com a Revolução Industrial, proporcionou um investimento maior na confecção de cartas, mapas e instrumentos que vieram a contribuir na precisão dos trabalhos. Já no Século XVIII a Grã-Bretanha despontava com um grande centro de atividades cartográficas, ocupando o lugar antes pertencente à Antuérpia. 
     Alguns exemplos podem ser citados, alguns grandes nomes dessa época como: John Hadley (1682-1744), responsável pela construção do primeiro telescópio refletor usado na astronomia; John Harrison (1693-1776), relojoeiro que inventou o cronômetro marinho, fundamental para a solução de problemas das longitudes e Jesse Ramsden (1735-1800), que desenvolveu o sextante e o teodolito. 
     Um dos grandes problemas dos cientistas da época era o cálculo de longitude, embora já se aceitasse a ideia que a terra não era uma esfera perfeita, ainda não se tinha como determinar com precisão a sua forma e tamanho, tornando-se um dos pontos fundamentais para por fim aos incidentes marítimos. 
     Foi na tentativa de resolver tais problemas que os reis da França e Inglaterra passaram a investir muitos recursos e incentivaram as pesquisas desenvolvidas nos grandes centros de estudo da época, como a “Académie Royale des Sciences” (1666) e a “Royal Society of Lodon” (1662), que se apoiavam, respectivamente, nos trabalhos realizados no “observatoire Royal de Paris” (1667), sob comando de Giovanni Cassini (1625-1712) e no “Royal Observatory at Greenwich” (1676) (ver Imagem 1), coordenado por John Flamsteed (1646-1719). 

Imagem 1 - Observatório de Greenwich, em Londres

     Expedições marítimas francesas foram realizadas com o intuído de verificar o que Isaac Newton (1643-1727) já previa, de que a terra era mesmo achatada nos Pólos, sendo assim, organizaram-se duas importantes expedições geodésicas. A primeira, iniciada em 1735, em Quito, buscava medir um arco de meridiano em um ponto mais centro na esfera da terra. Enquanto a segunda, realizada em 1736, no Golfo da Bótnia, no Ártico, buscava efetuar medições na região polar. O objetivo de tais expedições marítimas era justamente comparar os resultados obtidos para se chegar a uma definição sobre a forma da Terra (ver Imagem 2). 

Imagem 2 - "Planiglobium Terrestre" Weigel, 1730
Planisfério Global, exemplo da produção cartográfica do século XVIII

     Por sua vez, os Ingleses, que também efetuaram varias medições, chegaram a valores diferentes daqueles obtidos pelos franceses. Para por fim a essas diferenças, foi realizado um novo levantamento trigonométrico, entre Londres (observatório de Greenwich) e Dover (cidade portuária localizada a sudeste de Londres), alcançando-se finalmente um consenso.

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